18 de fev. de 2011

tenho um amor por ti, inexplicável

tu podes me pedir para ir ter contigo a que horas quiseres, onde quiseres, que eu vou. como os pássaros vão para o sul no inicio do outono, antes das árvores se despirem e o frio nos gelar os ossos. tu és como eu, porque amo e sofro da mesma forma, porque tenho os olhos quase da mesma cor e o corpo quase com o mesmo peso e um coração tirado a fotocópia, com articulas e ventrículos. olho para ti, e vejo um pouco do que já fui e do que sou, os teus sonhos são parecidos com os meus , as tuas mãos têm a temperatura das minhas. lembras-me uma decalcomania daquelas que se colam com água e depois nunca mais saem e eu gosto que faças parte dos meus dias e eu gosto de fazer parte dos teus e gosto ainda mais de saber que pode ser para toda a vida. tu já sabias que ia ser assim, tens o olhar dos adivinhos  e a intuição dos grandes sábios. mas quero que saibas que quando não tiveres forças para estar com mais ninguém, podes sempre vir ter comigo e descansar nas minhas histórias, mesmo que o tempo me esbata os sonhos e me roube os ideais. eu quero que venhas sempre com esse olhar de gata, e o andar de menina, ensinar-me coisas novas e descobrindo e saboreando o presente que a vida nos deu, quando nos cruzámos e decidimos que seria muito bom morar no coração uma da outra.

PS: te amar é pouco irmã

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